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o curso

histórico

Por Ana Vieira, Arthur Maresca, Italo Ribeiro e Victória Regina

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O curso de Arquitetura e Urbanismo na Regional Goiás da UFG está inserido num contexto do processo de interiorização do ensino superior. O curso iniciou suas atividades no ano de 2015, vinculado a uma unidade cujos cursos estão necessariamente ligados às ciências sociais aplicadas, o que o diferencia de outros cursos do país. Conforme explica o PPC (Projeto Político-Pedagógico do Curso), a vinculação do curso a uma unidade acadêmica interdisciplinar de Ciências Sociais Aplicadas oferece outras possibilidades para o entendimento do campo da Arquitetura e Urbanismo que, historicamente se desenvolveram ligados às Belas Artes ou aos centros tecnológicos (o que pode acabar se conformando como um limitador do debate sobre o papel da arquitetura e urbanismo na realidade social do país).

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Fora de um grande centro urbano, o curso do Campus Goiás diferencia-se dos demais por buscar debater problemas e encontrar soluções fora dos eixos mais saturados do país. Há uma grande diversidade cultural na Cidade de Goiás e no seu entorno a ser pautada pela arquitetura e pelo urbanismo como objeto de estudo, bem como uma fonte inspiradora. 

De acordo com o PPC, o objetivo geral do curso é formar arquitetos-urbanistas com uma sólida formação técnica e teórica, orientada por conteúdos críticos e humanistas. Capacitando esses profissionais para analisar, compreender e intervir no espaço e no ambiente construído de forma contextualizada, fundamentada e dialogada. Assim, oferecendo à sociedade profissionais agentes participativos nos processos de transformação social, com especial interesse pela arquitetura pública e pela produção coletiva dos espaços nas cidades e demais assentamentos humanos. 

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Arquitetura e Urbanismo no Campus Goiás é um curso integral. Todos os anos, trinta vagas são abertas para novos discentes. O número de docentes que atende esses estudantes é de dezesseis professores efetivos, além de eventuais professores substitutivos, ou de outros cursos. O período mínimo de permanência no curso é de dez semestres.

 

O curso surge com a proposta de uma formação crítica para pensar e propor alternativas para a Arquitetura e Urbanismo a partir da realidade das cidades e do urbano num contexto não metropolitano. As bases pedagógicas do curso  estão fundadas no reconhecimento da realidade das cidades e do urbanismo no interior do país, em específico no Estado de Goiás. Se tratando de uma instituição pública localizada no centro do país, a UFG, deve se comprometer com a melhoria das condições de vida nessa região. Nesse sentido, precisamos construir, do ponto de vista da arquitetura e do urbanismo, um referencial teórico-metodológico e técnico-operativo sobre o que são as cidades pequenas e médias no interior do país.

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Os conteúdos curriculares estão distribuídos em três ciclos de aprendizagem estruturantes: o Ciclo de Fundamentação, que compreende as disciplinas de 1° a 4° períodos; o Ciclo de Aprofundamento, que vai do 5° ao 8° período; e o Ciclo de Síntese, que ocorre no último ano, com a consolidação do Estágio Curricular Obrigatório e o Trabalho de Conclusão de Curso, durante o 9° e 10° período.

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A matriz curricular do curso é organizada em quatro eixos de estudo que concentram componentes curriculares afins durante os ciclos de aprendizagem. Os eixos de estudo são:

 

Crítica: Trata noções de teorias, histórias, estéticas, artes, questões sociais, econômicas e ambientais como elementos indissociáveis da Arquitetura e Urbanismo. Busca desenvolver a capacidade de formulação crítica necessária à conceituação de uma prática projetual. 

 

Representação: Aborda diversas linguagens e métodos próprios para representar, analisar, compreender e conceber a arquitetura e o urbanismo. Busca desenvolver a capacidade de expressar e representar os conceitos e ideias de um projeto. 

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Concepção: Compreende a concepção e desenvolvimento projetual de propostas para diferentes escalas do território e do ambiente construído. Busca demonstrar a inter- relação entre essas diferentes escalas e a necessidade de pensar globalmente. 

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Tecnologia: Aborda aspectos científicos, tecnológicos e práticos de diversas técnicas e culturas construtivas. Busca desenvolver capacidades criativas vinculadas à exequibilidade, estabilidade das estruturas e conforto ambiental.

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Considerações sobre o curso de Arquitetura e Urbanismo da UFG – Regional Goiás​

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Dentre as ciências que se voltam aos estudos do espaço – podemos mencionar a Geografia, a Ecologia e certas Engenharias, por exemplo –, a Arquitetura e o Urbanismo são, possivelmente, as mais abrangentes e que mais interações demandam com outras áreas do saber. Trata-se, antes de mais nada, de um curso que une, já em seu nome, duas disciplinas distintas (Arquitetura “e” Urbanismo) e que a muitas outras se relacionam ao longo de seu desenvolvimento histórico: paisagismo, desenho industrial, programação visual, artes plásticas (e à sua historiografia), entre outras. Como resultado, tem-se, na atualidade, um curso de graduação pluridisciplinar, situado nas intersecções entre abordagens técnicas, objetivas ou “exatas”, de um lado, e a dimensão crítica, perceptiva, ética, política, e estética do espaço, relacionada às perspectivas “humanas” que a ele se lançam, de outro.


Pode-se dizer, então, que o curso de Arquitetura e Urbanismo se volta às questões do espaço com especial interesse pelos atos de construir e de habitar, os quais se apresentam no curso tanto em suas implicações teórico-analíticas como em investigações prático-projetuais. Com efeito, a significativa abrangência da graduação em Arquitetura e Urbanismo não apenas confere ao curso um caráter generalista e multiescalar – do desenho de pequenos objetos cotidianos ao planejamento de imensas regiões metropolitanas –, como abre possibilidade para diferentes direcionamentos e projetos político-pedagógicos significativamente distintos: há cursos de graduação em Arquitetura e Urbanismo sediados em faculdades de Engenharia, por exemplo, nos quais preconizam-se aspectos técnico-construtivos; há outros, oriundos do ensino das “belas artes”, em que a ênfase corresponde a aspectos compositivos ou aos preceitos artísticos do espaço.


Implementado em 2015, o Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFG – Regional Goiás tem origem no âmbito do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). Nesse sentido, para que se apresente, em termos gerais, as diretrizes estruturantes do CAU-UFG-RG, é fundamental considerar o contexto de democratização do acesso ao ensino superior público e de sua disseminação pelo interior do país correspondente à sua criação, o qual permite reafirmar o compromisso do Curso com a realidade socioespacial em que se insere.


Além disso, o CAU-UFG-RG tem como sede a Unidade Acadêmica Especial de Ciências Sociais Aplicadas, isto é, uma instituição de ensino, pesquisa e extensão universitária voltada eminentemente à compreensão e à crítica de questões atinentes à sociedade contemporânea, de suas incongruências e potencialidades. Logo, sem perder de vista as especificidades de cada disciplina que integra seu fluxo curricular, o CAU-UFG-RG preconiza como questão central as funções sociais do espaço, com ênfase no contexto urbano de cidades de pequeno e médio porte, assim como o papel a ser desempenhado pelo(a) profissional em Arquitetura e Urbanismo com vistas à garantia de condições equânimes de acesso à cidade.


Assim, os atos de construir e de habitar – centrais à Arquitetura e ao Urbanismo – são abordados no CAU-UFG-RG sem que se perca de vista a dimensão social a eles inerente. A multiplicidade de assuntos relacionados ao curso, por sua vez, é assegurada por uma matriz curricular organizada em diferentes eixos – Tecnologia; Concepção; Representação; Crítica –, a partir dos quais é colocada como objetivo central a sólida formação, tanto técnica quanto conceitual, de arquitetos(as) e urbanistas sensíveis e críticos(as) aos processos de transformação social e à produção coletiva do meio urbano.

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Arthur Simões Caetano Cabral
Docente CAU-UFG-RG
abril,2021

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O curso de arquitetura e urbanismo da Regional Goiás tem uma grade singular que o torna único no contexto brasileiro. A inserção numa unidade de ciências sociais aplicadas possibilita o contato com esferas diferentes do que habitualmente se vê, perpassando desde o contexto social à jurídico, dando ao discente maior contato com as diferentes situações que serão enfrentadas na vida profissional. A experiência além universidade dos docentes, em diferentes áreas, proporciona o desenvolvimento de projetos de pesquisa e extensão devolvendo a comunidade todo o investimento em educação pública, aproximando o estudante a vivência a cidade, tão acolhedora por sinal.


A possibilidade de ter uma instituição federal em uma cidade de pouco mais de 25 mil habitantes no interior do estado de Goiás, proporciona ao estudante ter contato com a vida acadêmica em um cenário tão acolhedor e bucólico como a Cidade de Goiás. As relações são facilitadas pela convivência íntima entre professores, alunos e moradores, onde todos acabam se conhecendo e formando uma grande comunidade. Além de outras facilidades que a vida em pequenos centros traz como otimização do deslocamento, segurança, relação de vizinhança, acolhimento pelos moradores. Em tempos normais eu conseguia me deslocar até ao campus Areião andando por 3 minutos, situação que possibilita qualidade de vida.


A regional é uma grande mina de ouro dentro do cerrado que merece todo reconhecimento pelo primoroso trabalho que desenvolve em conjunto com a comunidade vilaboense.

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Victoria Malta Canello

Estudante CAU-UFG-RG
abril,2021

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Em Forma, Espaço e Ordem é dada uma introdução ao estudo da forma arquitetônica, com princípios de organização, estruturação e composição da forma no espaço. Aplicada a teoria da forma no espaço e as relações entre formas e entre forma e espaço; cheios e vazios, luz e sombra; superfície, textura e cor. Experimentações plásticas em duas e três dimensões.

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Por: Sirlene Lopes

 

Por: Luísa Alencar Ferreira dos Santos

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Por: Renan Mendes Oliveira

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A disciplina de Projeto Arquitetônico IV propõe uma instalação de uma unidade básica de saúde, com fundamentação teórico-conceituais e aprofundamento das tecnologias de construção como sistemas estruturais, conforto lumínico e acústico para compreensão de um projeto arquitetônico executivo, ensaia também um aprimoramento dos modelos tridimensionais desenvolvidos com recursos gráficos.

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Por: Nathalia Reis

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A disciplina de Projeto Arquitetônico VII propõe a construção de um edifício em altura, dando enfoque em como esse projeto arquitetônico irá se relacionar com seu entorno, na escala urbana. Nesse projeto é possível observar o aprofundamento de detalhes, por meio da produção de modelos tridimensionais e gráficos que comunicam o projeto. 

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Por: Lucas Italo Silva Ribeiro e Thiago Lopes Oliveira Santos

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Por: Catarina Nunes e Nayara Gonçalves

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A disciplina de Viagem de Estudos proporciona uma visita para uma cidade de médio ou grande porte, com o propósito de expandir o repertório arquitetônico, urbano e paisagístico de discentes, promovendo leituras históricas, culturais e socioeconômicas. 

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Por: Leticia Haunholter dos Santos

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Por: Victória Regina

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Por: Bruna Marcela Inácia de Souza

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Por: Milena Cardoso

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